Importação via Terminal Portuário operado pelo Grupo FV Cereais, em Porto Murtinho.

Está sendo desembarcado o primeiro carregamento de fertilizante agrícola importado via Terminal Portuário operado pelo Grupo FV Cereais, em Porto Murtinho. As barcaças carregadas com o produto chegaram na quinta-feira, dia 29, oriundas do Uruguai, e a operação de descarregamento começou na segunda-feira (3), confirmou o gerente de Operações do Terminal Portuário, Genivaldo dos Santos.

São 3 mil toneladas divididas em três barcaças. O composto foi preparado no Uruguai a partir de matéria importada; o importador é um produtor rural de Mato Grosso do Sul que vai usar todo o volume em sua propriedade. Essa é a primeira operação de importação de fertilizante agrícola pelo Terminal Portuário da FV Cereais e tem uma importância simbólica, conforme expôs o gerente.

O Terminal Portuário da FV Cereais opera desde 2020 com foco no escoamento da produção agrícola do Estado. No ano passado foram embarcadas 245 mil toneladas de soja, sendo que o último comboio foi liberado no dia 28 de junho. Depois dessa data o rio não oferecia mais condições de navegabilidade. Nesse ano a operação com soja se estendeu até agosto, conta Santos, tendo totalizado 272 mil toneladas.

“Estamos prevendo que nesse ano o rio ofereça condições de navegabilidade até meados de outubro, quando pretendemos embarcar 32 mil toneladas de açúcar”, pontuou. O secretário da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Jaime Verruck, destaca os esforços para viabilizar os eixos logísticos no Estado.

“Ao longo dos últimos sete anos o governo do Estado tem priorizado o desenvolvimento dos eixos logísticos. E o eixo de Porto Murtinho (rodovia e hidrovia do Paraguai) recebeu especial atenção através de um programa específico de incentivo aos portos do rio Paraguai. Isso propiciou investimentos, tanto na área de estacionamento para mais de 400 caminhões, como na instalação do terminal da FV Cereais.

E, além disso, nesse ano ainda o governo do Estado vai fazer a venda do terminal portuário público. O objetivo sempre foi criar um corredor de exportação de grãos, como também de importação. Essa foi a primeira operação, ainda com volume baixo, mas tende a se potencializar, sobretudo com o início das operações pela Rota Bioceânica”.